O que é:
A cinomose é uma doença infecciosa grave que afeta especialmente cachorros, causando sintomas como febre, tosse, cansaço excessivo, vômitos e convulsões.
Além dos cachorros, outros animais que podem pegar a doença são animais selvagens como raposas, lobos e coiotes.
Embora não tenha cura, a cinomose pode ser tratada de forma a aliviar os sintomas e atrasar o agravamento da doença, melhorando a qualidade de vida do animal. Ainda assim, é comum que a doença seja fatal ou que cause sequelas permanentes.
Sintomas de cinomose
Os principais sintomas de cinomose podem passar despercebidos, já que é comum que o primeiro sinal seja o aparecimento de uma febre que melhora em poucos dias.
No entanto, com a evolução da infecção, a febre pode voltar a surgir, sendo acompanhada de outros sintomas mais fáceis de identificar, como:
- Secreções nasais transparentes;
- Remela amarelada nos olhos;
- Tosse;
- Cansaço excessivo;
- Perda de peso.
É ainda comum que cachorros com cinomose possam também apresentar alguns sintomas gastrointestinais, como perda de apetite, salivação excessiva ou vômitos.
Nos casos mais graves, em que o vírus consegue chegar no sistema nervoso, podem ainda existir alterações de comportamento, contrações musculares involuntárias e convulsões.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico de cinomose normalmente é feito pelo veterinário após avaliação dos sintomas e realização de exames de sangue.
Principais causas e transmissão
A cinomose é causada por um vírus da família paramyxovirus, que é muito semelhante com o vírus do sarampo ou da peste bovina.
Geralmente este vírus é transmitido através do ar, quando o cachorro está perto de outro animal infectado que tosse ou espirra, liberando partículas no ar. O vírus pode ainda ser transmitido quando se compartilham comedouros de comida ou água.
Como proteger contra a cinomose
A melhor forma de proteger o cachorro contra a cinomose é fazendo a vacinação contra o vírus, que está incluída na vacina múltipla anual (V8, V10 ou V11). No caso dos filhotes, a vacinação deve ser feita em 3 ou 4 doses, depois do primeiro mês e meio, com um intervalo de 21 a 30 dias entre cada dose.
No entanto, ter alguns cuidados como evitar que o cachorro fique brincando com outros animais desconhecidos (e que possam não estar vacinados) e evitar o compartilhamento de comedouros, também reduzem o risco de pegar a doença.
Formas de tratamento
Não existe cura para a cinomose, no entanto, é possível utilizar diferentes formas de tratamento para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do animal.
Normalmente o tratamento é iniciado com a administração de soro, para evitar a desidratação e melhorar o estado nutricional, podendo ser necessário internamento no hospital ou clínica veterinária.
Juntamente com o soro podem ser utilizados antibióticos e outros remédios (como antipiréticos e analgésicos) para aliviar a febre, a tosse, as convulsões e qualquer outro tipo de incômodo. Estes remédios normalmente são iniciados no veterinário e mantidos em casa após a alta.
Possíveis sequelas
As sequelas da cinomose são mais comuns nos casos graves da infecção, quando o sistema nervoso do cachorro é afetado, causando alterações no comportamento, convulsões e contrações musculares involuntárias. Essas alterações podem causar dificuldade até nas atividades mais simples do dia-a-dia, como andar ou comer.
Embora algumas sequelas possam ser minimizadas com uso de medicamentos e fisioterapia, nem todas podem ser revertidas.
Referências:
- AMERICAN VETERINARY MEDICAL ASSOCIATION. Canine distemper. Link: https://www.avma.org/resources/pet-owners/petcare/canine-distemper. Acesso em 1 Mar 2022
- The Merck Veterinary Manual. 11ª.ed. Crawfordsville, Indiana: Cenveo Publisher Services, 2016. p777-779